dimanche 9 janvier 2011

QUE GENTE SOMOS NÓS


Que gente somos nós se não entendermos que o actual Presidente, que quer continuar a sê-lo, permitirá que transformem o país num imenso BPN – um descomunal casino em que os políticos comandarão, ou cobrirão os que comandam as roletas viciadas para fazer ganhar os do clube?
Que gente somos nós se não percebermos que os pobres portugueses que somos vamos ficar cada vez mais pobres e mais endividados?
Pobres e estúpidos, se permitirmos que os batoteiros do casino se apoderem da nossa terra e das nossas vidas. E não percebermos que o Grande Economista e os do seu clube abrirão caminho para a destruição de tudo o que, a pulso, se conseguiu desde o 25 de Abril no sentido de impedir que alguém deixe de estudar ou de se tratar por não ter dinheiro, ou morra de miséria por estar desempregado ou velho.
Para esses do casino o lema é: cada um por si e o Estado por eles, isto é, para lhes garantir as jogadas e até lhes cobrir as roubalheiras - como no caso do BPN, que está já, neste momento, a custar mais de mil euros a cada pobre português.
Pobres dos estúpidos que somos se não percebermos que com essa gente no poder seremos cada vez mais pobres, mais desprotegidos, mais à mercê também desse grande casino internacional que é a Europa dos banqueiros, que quotidianamente nos ameaça.
Que Presidente é este que nos propõe a atitude do medo: curvar a cabeça perante a Banca Internacional que nos coloniza, e de boca calada, que ela pode zangar-se e ainda subir mais os juros?!
Vivemos, os da minha geração, a de Manuel Alegre, os que sofremos perseguições e o exílio, a ameaça de Salazar e da PIDE. Hoje acenam-nos com outro papão, mais angustiante porque não tem cara nem contorno. Não nos contentemos com cantar-lhe a canção que o expulsa “de cima deste telhado”: expulsemo-lo com o poder que o nosso voto nos dá.
Teresa Rita Lopes, cidadã apartidária desde sempre, 8/01/2011

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