mardi 18 janvier 2011

Cavaco alerta para elevados custos de segunda volta


À medida que a campanha se aproxima do fim, os apelos do candidato contra a abstenção intensificam-se. E Cavaco quer que fique tudo resolvido já no dia 23.

Os custos de uma segunda volta, garante, «seriam muito elevados para Portugal». Por isso, só pede uma coisa para o próximo domingo: «Votem e escolham o melhor».
Mas escolhendo o melhor chega-se forçosamente à segunda volta!
«Imaginem o que seria para Portugal nesta situação económica e financeira complexa se prolongássemos por mais algumas semanas esta campanha», questionou o ainda Presidente da República.
E o que seria se prolongássemos o mandato Presidencial?
«Os custos seriam muito elevados para Portugal e para os portugueses», garantiu.
Não os da segunda volta, os do segundo mandato, sem dúvida.
Esta foi a primeira vez que o candidato apoiado pelo PSD e pelo CDS alertou para os custos de uma segunda volta na economia portuguesa. E logo depois sustentou que «ninguém tem o direito de ficar indiferente em relação à escolha do próximo domingo».
Aqui diz a verdade! Ninguém pode ficar indiferente e escolher mais do mesmo!
Cavaco discursava num jantar com apoiantes em Coimbra, no pavilhão da escola José Falcão. Lá fora os já habituais manifestantes do movimento SOS pelo Ensino privado e cooperativo. Esta noite cerca de três mil e com quem o candidato conversou antes de entrar.
Onde certamente prometeu fazer tanto por eles como nos últimos dezassete anos!
Em Coimbra Cavaco falou dos problemas da terra, que já lhe tinham chegado à tarde na arruada no centro da cidade. «Sei que em Coimbra também existem preocupações e uma delas é o metro de superfície», lembrou.
Estava dado o mote para mais uma farpa presidencial direitinha ao Governo de Sócrates. «Há uma lição que se pode tirar deste caso: Não se deve prometer aquilo que não se consegue cumprir».
Terá de nascer duas vezes aquele que prometer tão bem como ele.
Cavaco aproveitou a deixa para lembrar que é por isso que entende que «a verdade gera confiança mas a mentira e a ilusão é fonte de descrença».
E para não mentir, não se responde às perguntas embaraçosas (atenção à mentira por omissão de resposta!).
E continuou reforçando que as pessoas de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo «estão descontentes» e com razão. «Ficaram sem o que tinham e não têm a promessa que lhes foi feita. Tinham uma linha desde 1906 e agora ficaram sem nada», criticou Cavaco que concluiu: «É algo de muito esquisito».
Mais valia ter alcatroado tudo, teria sido muito mais simples!

Original In Sol por Sofia Rainho, 18/01/2011, excelente trabalho no qual intercalei alguns comentários para por em evidência as realidades contidas no discurso (em verde).
Aurélio Pinto

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