mercredi 12 janvier 2011

"Precisamos de PR que não confunda País com manual de finanças”

Alegre acusou hoje implicitamente Cavaco de confundir o País com uma sebenta de finanças e criticou a sua ausência no funeral de Saramago.
Na sua intervenção, no comício de Faro, Alegre procurou vincar as suas diferenças face a Cavaco Silva ao nível da concepção do mundo, sobretudo no plano cultural, colocando o actual chefe de Estado numa lógica estritamente tecnocrática.
"O Presidente da República não pode comportar-se como um aluno bem comportado, de forma acrítica, porque não quero Portugal de joelhos, eu quero Portugal de pé, quero Portugal na Europa mas com uma voz crítica, defendendo a igualdade entre todos os Estados soberanos", declarou, recebendo uma prolongada salva de palmas.
Para Alegre, a força de Portugal "não está na economia nem no poder militar, mas na História, na cultura e na língua portuguesa".
"Precisamos de um Presidente que não confunda Portugal com um manual de finanças. A economia é importante, mas um país não é só economia, porque o país não é uma sebenta de finanças. O país é os Lusíadas, é a Mensagem de Fernando Pessoa, é Teixeira Gomes, são os seus grandes poetas e as suas grandes figuras", contrapôs.
Antes deste capítulo já o candidato apoiado pelo PS e Bloco de Esquerda havia criticado a ausência do Presidente da República no funeral de José Saramago, vincando que este escritor é até ao momento o único português Prémio Nobel da Literatura.
In Económico com Lusa 12/01/11

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