mardi 18 janvier 2011

“Não quero Portugal de joelhos perante o FMI”


Alegre defende que o País tem que resistir aos que “suspiram” pelo FMI, por não terem “coragem” de propor esses sacrifícios aos portugueses.
Manuel Alegre não se sente "refém" de ninguém e recusa que uma eventual derrota nesta eleição possa ter consequências para o Governo de José Sócrates, que o apoia. Quanto à entrada ou não do FMI, continua a dizer, numa entrevista escrita ao Diário Económico, que não quer Portugal "de joelhos perante ninguém".
Uma derrota da sua candidatura terá consequências para o Governo e José Sócrates? Não há vencedores antecipados. E não se pode confundir eleições presidenciais com eleições legislativas.
O que pode fazer o Presidente para alargar a estabilidade política do Governo? Não é esse o papel do Presidente. Os apoios políticos de qualquer governo são obtidos no quadro parlamentar. O papel do Presidente é ser um moderador político e social e dialogar com todas as forças políticas e todos os parceiros sociais para garantir a qualidade da democracia e incentivar o desenvolvimento do País.
Tem recusado a entrada do FMI. Que consequências pode o Presidente retirar desse falhanço? Portugal tem capacidade para resolver os seus problemas e honrar os seus compromissos sem a ajuda do FMI. É tempo de resistir, não de desistir. Quem suspira pelo FMI são aqueles que defendem os sacrifícios desproporcionados que o FMI exige, mas não têm coragem de os propor directamente ao eleitorado.
In DE, por Márcia Galrão, 18/01/2011

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