dimanche 23 janvier 2011

Perder eleições não quer dizer perder convicções


Ouvi há pouco o discurso do meu candidato derrotado. Orgulho-me de ter apoiado incondicionalmente Manuel Alegre; por tudo o que ele fez toda a sua vida por Portugal, pela sua frontalidade e conduta de homem livre e pelo seu discurso de hoje. Enquanto ele tiver força para lutar espero ter forças para o apoiar!

O meu raio de acção limita-se à França mais particularmente a Paris, onde resido vai para quarenta e seis anos. Em 2006, apoiei espontaneamente com os meu amigos políticos, Manuel Alegre enquanto candidato independente, o resultado foi positivo.
Desta feita a seu convite fui Mandatário. Com muitos dos mesmos amigos e outros de outros partidos, fizemos o melhor que podemos para obter os melhores resultados possíveis, creio que conseguimos.

Num contexto Nacional onde o exemplo de não votar é flagrante, os residentes de França só votaram a 3,45% dos inscritos; é uma lástima enraizada há várias décadas e até à data pouco tem sido feito pelos diferentes Governos ou partidos para ajudar os que tentam mudar a situação.
No entanto, se em todo o Mundo se votasse como em França, Manuel Alegre estaria numa segunda volta com 37,71% dos votos e uma possibilidade de concretizar um total superior a 54% ao final. Em Bordéus (52,88%) e Nantes (52,38), teria ganho mesmo na primeira volta.

Há muito a fazer em Portugal para convencer os portugueses que participar na vida cívica é mais do que um direito...

Mas “o povo é quem mais ordena”, mesmo quando é menos de metade a votar, é ele quem mais ordena. Quando o povo compreender o significado desta tão cantada frase, talvez o destino do nosso país tome outro rumo.
Mas por enquanto é assim, o povo, globalmente, voltou a eleger para Presidente da República o Pr. Cavaco Silva. Está de parabéns, pois conseguiu convencê-lo. Resta-lhe agora ser o Homem que diz que é, fazer o que diz que faz, sem esquecer que mesmo os que não votaram este ano talvez um dia votem!
Lastimo porém a soberba da frase pronunciada no seu discurso quando fala da vitória da “dignidade contra a infâmia”. A dignidade não convive com frases destas!
Enviado ao Lusojornal a 24/01/2011, por Aurélio Pinto: Secretário Coordenador da Secção de Paris do PS português, Mandatário de Manuel Alegre em França.

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