mardi 11 janvier 2011

Manuel Alegre critica medidas de austeridade do Governo

O candidato presidencial Manuel Alegre criticou esta terça-feira as medidas de austeridade do Governo, considerando que «não são estas que permitem sair das consequências da crise mundial», levando o país à recessão.
«Eu penso que as medidas que estão a ser aplicadas aqui e um pouco por todo o lado não são aquelas que nos permitem sair das consequências da crise mundial e do colapso desta globalização desregulada, deste capitalismo financeiro. Austeridade pode trazer mais austeridade, levam à recessão, ao desemprego», disse Alegre à saída de uma acção de campanha presidencial em Portimão.
Questionado pelos jornalistas sobre o que faria sobre esta matéria se fosse Presidente da República, o candidato à corrida a Belém garantiu que “neste momento não estaria calado perante esta especulação”.
“Aquilo que nós precisávamos eram medidas de estímulo à economia, políticas de crescimento, que aumentem a competitividade da nossa economia e que ajudem a mudar o nosso modelo de desenvolvimento”, defendeu.
Alegre denunciou ainda “um propósito de encostar Portugal à parede, à semelhança daquilo que foi feito à Grécia e à Irlanda”.
“E se isso não aconteceu ainda é porque têm medo do contágio com a Espanha”, considerou.
O candidato presidencial apoiado pelo PS e pelo Bloco de Esquerda garantiu ainda não se regozijar com a entrada do FMI em Portugal.
“Eu não diria que nunca estaria pronto a governar com o FMI porque o FMI significa o despedimento de muitas pessoas e seria esta austeridade multiplicada por dez ou por quinze”, alertou.
Alegre disse ainda que “com este ou com outro Governo qualquer” faria esforços por convencer “que se tomassem medidas e que se conversasse com os dirigentes de outros países para que se resolva o problema no quadro europeu”.
“Senão vamos ter uma fractura na zona Euro”, avisou.
Defendendo que o país deve resistir, o candidato acrescentou ainda que a sua “visão de Portugal não é uma posição abdicativa”.
In Diário Digital / Lusa, 11/01/2011

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