jeudi 6 janvier 2011

Há sempre alternativa


“Há sempre alternativa”, respondeu Manuel Alegre a Judite de Sousa, questionado sobre as políticas de austeridade, lembrando que as soluções que estão a ser aplicadas são as mesmas que estiveram na origem da crise. O caso BPN dominou a primeira parte da entrevista na RTP, com o candidato a insistir na necessidade de Cavaco Silva esclarecer as condições em que negociou a venda das acções da SLN. Alegre defendeu o escrutínio público do que considerou ser “uma questão política” grave, por poder ter havido “favorecimento” de um amigo a outro amigo e um acto de “gestão danosa”.
Confrontado por Judite de Sousa com a acusação de Teresa Caeiro de que teria feito publicidade ao BPP, Manuel Alegre esclareceu, como já tinha feito esta manhã na TSF, que escreveu um texto literário sobre a sua relação com o dinheiro e que, quando se apercebeu que o texto tinha sido usado para publicidade ao banco, “não se sentiu confortável”, apesar de não ter feito nada de ilegal, e mandou retirar o texto e devolver os 1.500€ relativos ao seu pagamento. “Eu assumo as minhas responsabilidades”, frisou.
A entrevista decorreu sob um signo de grande autenticidade, tendo Manuel Alegre considerado “um estereótipo” a acusação que lhe fazem de estar comprometido pelo apoio de dois partidos divergentes, o PS e o BE. “Eu sou o mesmo de sempre”, mas “se consegui o apoio de dois partidos que são inconciliáveis, isso é um mérito”, assinalou.
Sobre uma eventual entrada do FMI em Portugal, Alegre mais uma vez considerou que estamos perante “um problema político”. “A Europa tem de regular isto”, insistiu, recordando que as agências de rating das quais depende a notação da nossa dívida soberana “estão sob suspeita”.
In RTP, entrcvista por Judite de Sousa, 6/01/2011

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