mardi 4 janvier 2011

Alegre insatisfeito com explicações de Cavaco sobre BPN


O candidato presidencial Manuel Alegre afirmou hoje que as explicações de Cavaco Silva sobre a administração do BPN «não encerram o caso» e que o Presidente da República «tem muita coisa que vai ter que explicar».
Manuel Alegre falava na Madeira, num restaurante da freguesia do Caniço, antes de um almoço com a comissão de honra da sua candidatura na região no âmbito da pré-campanha para as eleições presidenciais de 23 Janeiro.
«Ele está sempre a remeter para o site, mas o Presidente da República tem de responder ao país e ao povo português e vai ter que responder a outras coisas», referiu.
Acrescentou que Cavaco Silva fez na Madeira «mais uma crítica à actual administração do BPN, com o argumento que esta é pública e a outra era privada. Parece que não retirou nenhuma ilação, nem explicação da crise mundial».
Para Manuel Alegre, os argumentos de Cavaco Silva sobre esta situação «não encerram o caso e há muita coisa que vai ter que explicar, porque o problema aqui é o da gestão danosa e criminosa da anterior administração».
Segundo o candidato presidencial, os bancos têm regras sejam públicos ou privados e «ele [Cavaco Silva] que passou pelo Banco de Portugal devia saber isso. Os bancos que provocaram as crises também eram bancos privados, parece que ele como economista e homem experiente não tirou lições da crise».
A actual situação do banco deve-se à «gestão danosa e criminosa da anterior administração e sobre isso ele nunca disse nada», apontou Manuel Alegre.
Assim, Alegre prometeu que no seu discurso de logo à noite com os apoiantes da sua candidatura na região, no mesmo local onde decorreu o de Cavaco Silva, no Madeira Tecnopolo, «vai fazer um discurso e perguntas que Cavaco Silva como Presidente da República vai ter que responder sem mandar para o site».
Manuel Alegre admitiu que está «a medir forças com o meu principal adversário, desde o início», apontando que já havia anunciado a sua visita à Madeira há cerca de um mês, «não havendo problema» no facto de ter coincidido com a deslocação de Cavaco Silva.
Instado comentar as declarações de Cavaco Silva que este não é tempo para «experimentalismos» e que deve haver na Presidência da República alguém com experiência e conhecimento face à actual situação, Manuel Alegre salientou: «Essa experiência não serviu para nada porque nós estamos na situação em que estamos».
In Diário Digital / Lusa, 4 de Janeiro de 2011

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