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'Pela decência da democracia e pela transparência da vida pública'
Manuel Alegre afirmou hoje, no seu manifesto eleitoral, que se candidata a Presidente da República para defender a «cooperação institucional» assumindo o papel de «regulador e moderador político» em defesa do Estado Social.
«Comigo na Presidência da República, os portugueses terão alguém que defende a cooperação institucional numa base de lealdade, moderação e fidelidade à sua própria interpretação dos sentimentos do país», afirmou Manuel Alegre, no seu manifesto eleitoral à Presidência da República, que designou de «contrato presidencial».
Para Manuel Alegre, o Presidente da República é um «moderador político e social» que deve exercer um «magistério de proximidade e exigência» e «vigiar a ocorrência de interesses entre o mundo político e o mundo económico».
O candidato apoiado pelo PS e pelo BE defendeu no documento que não cabe ao Presidente da República governar e que está preparado para trabalhar com todos os governos, mas frisou que «não será neutro» em defesa do Estado Social, da Justiça «com autoridade e prestígio» e na defesa «dos direitos sociais».
«Não serei neutro, como nunca fui, na luta pela decência da democracia e pela transparência da vida pública, contra o clima permanente de insinuação e suspeição que mina a confiança dos cidadãos», afirmou.
Alegre deixou claro que utilizará «todos os poderes de que dispõe um Presidente da República para impedir a liberalização dos despedimentos através da eliminação do conceito de justa causa, porque a Constituição não é neutra e defende o elo mais fraco da relação laboral - o trabalho».
Se no futuro, referiu, algum governo ou Parlamento pretender «acabar com o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública e a Segurança Social Pública, eu estarei contra e exercerei, sem hesitações, o meu direito de veto».
No plano económico, Manuel Alegre defende que o país não pode ficar «refém de políticas de austeridade recessivas», e que Portugal deve «refazer o tecido produtivo».
O candidato presidencial criticou o actual Presidente da República, Cavaco Silva, que se recandidata, afirmando que «tem sido, tanto nos silêncios quanto nas intervenções sibilinas, um agente activo do lado do que está errado e um sonoro ausente do lado do que é justo: a defesa do Estado português e da legitimidade social que deve ter».
Por oposição a um Presidente «que é contra aquelas leis que mudaram os costumes e que, quando não as veta, é porque não tem coragem para o fazer», Alegre apresenta-se como uma personalidade aberta ao mundo, com uma visão de modernidade e sem «preconceitos conservadores».
A «coberto do ambíguo conceito de `cooperação estratégica', Cavaco Silva assume a ideia de uma partilha de governação susceptível de gerar conflitos institucionais», criticou.
No seu «contrato presidencial», Manuel Alegre defendeu a necessidade de voltar a colocar a regionalização na agenda política e, no capítulo sobre a Europa, defendeu a criação de taxas sobre as transacções financeiras.
in Lusa / SOL, 19/12/2010
«Comigo na Presidência da República, os portugueses terão alguém que defende a cooperação institucional numa base de lealdade, moderação e fidelidade à sua própria interpretação dos sentimentos do país», afirmou Manuel Alegre, no seu manifesto eleitoral à Presidência da República, que designou de «contrato presidencial».
Para Manuel Alegre, o Presidente da República é um «moderador político e social» que deve exercer um «magistério de proximidade e exigência» e «vigiar a ocorrência de interesses entre o mundo político e o mundo económico».
O candidato apoiado pelo PS e pelo BE defendeu no documento que não cabe ao Presidente da República governar e que está preparado para trabalhar com todos os governos, mas frisou que «não será neutro» em defesa do Estado Social, da Justiça «com autoridade e prestígio» e na defesa «dos direitos sociais».
«Não serei neutro, como nunca fui, na luta pela decência da democracia e pela transparência da vida pública, contra o clima permanente de insinuação e suspeição que mina a confiança dos cidadãos», afirmou.
Alegre deixou claro que utilizará «todos os poderes de que dispõe um Presidente da República para impedir a liberalização dos despedimentos através da eliminação do conceito de justa causa, porque a Constituição não é neutra e defende o elo mais fraco da relação laboral - o trabalho».
Se no futuro, referiu, algum governo ou Parlamento pretender «acabar com o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública e a Segurança Social Pública, eu estarei contra e exercerei, sem hesitações, o meu direito de veto».
No plano económico, Manuel Alegre defende que o país não pode ficar «refém de políticas de austeridade recessivas», e que Portugal deve «refazer o tecido produtivo».
O candidato presidencial criticou o actual Presidente da República, Cavaco Silva, que se recandidata, afirmando que «tem sido, tanto nos silêncios quanto nas intervenções sibilinas, um agente activo do lado do que está errado e um sonoro ausente do lado do que é justo: a defesa do Estado português e da legitimidade social que deve ter».
Por oposição a um Presidente «que é contra aquelas leis que mudaram os costumes e que, quando não as veta, é porque não tem coragem para o fazer», Alegre apresenta-se como uma personalidade aberta ao mundo, com uma visão de modernidade e sem «preconceitos conservadores».
A «coberto do ambíguo conceito de `cooperação estratégica', Cavaco Silva assume a ideia de uma partilha de governação susceptível de gerar conflitos institucionais», criticou.
No seu «contrato presidencial», Manuel Alegre defendeu a necessidade de voltar a colocar a regionalização na agenda política e, no capítulo sobre a Europa, defendeu a criação de taxas sobre as transacções financeiras.
in Lusa / SOL, 19/12/2010
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