Numa intervenção baseada na história e na língua, desde a fundação da nacionalidade, passando por Camões e Pessoa, Manuel Alegre apelou esta noite à participação cívica dos escritores e artistas, para que "juntos tentemos dar um sentido a este tempo sem sentido".
8 de Dezembro de 2010
8 de Dezembro de 2010
Foi no Martinho da Arcada, onde o candidato, desta vez, leu uma intervenção escrita, reflectida e profunda sobre a sua visão de Portugal. Manuel Alegre confessou que "ao contrário do grande poeta Alexandre O’Neil, eu nunca senti Portugal como um remorso" e que da sua visão da história "faz parte a convicção de que Portugal é um destino. Um destino que está nas nossas mãos e pelo qual, mais do que nunca, todos somos responsáveis".
"É por isso, afirmou, que me candidato à Presidente da República." Alegre explicou ainda por que razão "somos europeus por direito próprio" e "devemos estar no centro e na vanguarda da construção europeia", sobretudo quando "a autonomia nacional está em risco perante a ameaça de uma nova forma de ditadura: a ditadura dessa entidade mítica a que se chama mercados financeiros." "É um problema político, mas é também um problema de cultura e de civilização", concluiu, apelando à intervenção cívica de escritores e artistas.
No jantar, que reuniu mais de 50 figuras da escrita e do pensamento português, marcaram presença, entre outros, Mário de Carvalho, Fernando Rosas, Maria Teresa Horta, Rui Zink, Jacinto Lucas Pires, José Manuel Cortez, António Reis, Artur Mourão, Paula Morão, Gastão Cruz, António Borges Coelho, Clara Crabbée Rocha, José Manuel Mendes, Paulo Sucena, Ernesto Rodrigues, Teresa Martins Marques, Mário Vieira de Carvalho, Fernando Martinho, Luís Machado, Maria do Sameiro Barroso, Fernando Vicente, Cipriano Justo, Nélson de Matos, João Rodrigues e José Manuel Carreira Marques.
Antes de Manuel Alegre usaram da palavra Daniel Sampaio, mandatário por Lisboa, e a escritora Hélia Correia.
8 de Dezembro de 2010
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