lundi 6 décembre 2010

A nossa independência passa por valorizar a agricultura


Manuel Alegre defendeu hoje, na região Oeste, a importância de “valorizar muito a nossa agricultura” e refazer o “ tecido produtivo”, como forma de garantir a independência nacional e a “resolução dos nossos problemas”. Antes, numa cerimónia na Câmara da Lourinhã, o candidato considerou que Cavaco Silva não é “um factor de estabilidade e na prática não é o presidente de todos os portugueses”, ao criar “conflitos sem necessidade”, como no caso do estatuto administrativo dos Açores, ou ao promulgar leis que depois desvaloriza. “Quando falamos de bens transaccionáveis esquecemos-nos frequentemente da agricultura”, alertou o candidato presidencial no final da visita à Luis Vicente, empresa de produção e comércio frutícola que exporta 50 toneladas por dia, essencialmente pêra rocha que é “o ouro do Oeste, é um valor acrescentado, uma mais-valia, uma riqueza para a região e para o país”. “Tenho dito em todo o lado que assim como temos que redescobrir o mar, também temos que redescobrir a nossa agricultura e valorizá-la, refazer todo o nosso tecido empresarial mas apostando muito na nossa agricultura que é um bem precioso”, defendeu Manuel Alegre, dando como exemplo a exploração que acabara de visitar, pelo número de pessoas que emprega bem como pela quantidade de fruta exportada para vários países. Para Manuel Alegre, esta poderá ser uma forma de resolver os problemas económicos do país e reequilibrar a balança do défice de importações: “Não podemos esquecer-nos da terra, temos de redescobrir a terra, voltar a cultivar os nossos campos e valorizar muito a nossa agricultura porque não podemos ser um país tão dependente como estamos a ser. A nossa independência e a resolução dos nossos problemas passa muito também por refazermos o nosso tecido produtivo e a nossa agricultura”, defendeu o candidato que visitou ainda outras duas empresas, a Jorge Evaristo, produtos horto-frutícolas, e a Biofrade, empresa de agricultura biológica. Antes, numa recepção na Câmara da Lourinhã, o candidato presidencial defendeu que Cavaco Silva não é “um factor de estabilidade e na prática não é o presidente de todos os portugueses” ao criar “conflitos sem necessidade como no estatuto político e administrativo dos açores”, em que podia ter resolvido a questão institucionalmente em vez de criar “um conflito com a Região Autónoma e a Assembleia da República”. Para Manuel Alegre, “mesmo no exercício das funções mais simples”, Cavaco Silva promulga leis que depois desvaloriza, porque “parece que vai vetar de acordo com os seus valores mas depois não tem coragem para o fazer”. Sobre as medidas de austeridade, Manuel Alegre defendeu ainda que “os estados democráticos têm de libertar a dívida soberana dos especuladores e dos mercados financeiros”, considerando que “são esses que estão a pôr um garrote à volta dos nossos países com políticas de austeridade que vão agravar o desemprego, as desigualdades e a crise”. A este respeito, o candidato sublinhou que Cavaco Silva “já devia ter dito uma palavra mas não disse porque é um neo-liberal e está de acordo com a análise que eles [especuladores] fazem”.

6 de Dezembro de 2010

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