samedi 25 décembre 2010

Conto de Natal - Uma estrela

Uma noite de Natal, em Paris, eu estava sozinho. (…) Procurei o bistrot onde costumava comer uma omelete de fiambre.
Uma noite de Natal, em Paris, eu estava sozinho. (…) Procurei o bistrot onde costumava comer uma omelete de fiambre.
(…) Havia mais três solitários no bistrot, um velho de grandes barbas, um tipo com cara de eslavo, um africano. Convidei-os para partilharem comigo a garrafa de Porto, que não resistiu muito tempo. Encomendámos outras bebidas.- Conta uma história de Natal do teu país, pediu o velho.- Só se for a do presépio da minha avó.- Então conta.Eu contei. Era já muito tarde e o patrão disse-nos que queria fechar. Chegados à rua o africano apontou o céu e disse-me: Olha.E eu vi. Uma estrela que brilhava mais que as outras estrelas. Era uma estrela de prata. A estrela da avó. Brilhava no céu, brilhava outra vez dentro de mim, quase posso jurar que brilhava dentro dos outros três.Então eu perguntei ao africano como se chamava. E ele respondeu:- Baltazar.Perguntei ao velho e ele disse:- Melchior.E sem que sequer eu lhe perguntasse o eslavo disse:- O meu nome é Gaspar.Era noite de Natal e talvez ainda por magia da avó eu estava na rua, em Les Halles, com os três reis do Oriente, Magos, diria o meu pai.- E agora? perguntei a Baltazar.- Agora, respondeu o africano apontando a estrela, agora vamos para Belém.
24 de Dezembro de 2010, Por Manuel Alegre

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