Abordo a escrita deste texto com um sorriso, pois ao dizer bem do candidato que apoio incondicionalmente e no qual convido cada cidadão a votar, parece-me que vou ter de passar pelo mesmo caminho dialéctico que utilizaram aqueles que defendem outros candidatos.
Acontece porém que considero ter a tarefa simplificada pela evidência dos factos.
O meu candidato não é economista, por isso não poderá agir com o excesso de confiança perante os problemas que não faltarão de surgir. Também nunca foi Ministro das Finanças, por isso não se lhe podem apontar erros de gestão. Nunca foi Primeiro Ministro, por isso não tem a responsabilidade de dez anos de um governo aonde foram nascendo algumas das fases preparatórias da fragilidade actual de Portugal. Ainda não foi Presidente da República, por isso não necessita de andar agora a dizer que fez mil coisas, que deu outros tantos conselhos, que é homem de experiência e que por isso vai salvar a Pátria.
É um facto que neste momento de crise mundial, Portugal sendo um país mais fraco, acabou por sofrer mais do que muitos outros, tanto mais que durante tantos anos regados copiosamente com dinheiros da Europa pouco se fez para preparar o futuro. A agricultura, o turismo, a indústria, o ensino, a formação profissional etc. foram evoluindo timidamente, não falando noutros problemas tais como a justiça, os negócios mais ou menos lícitos, a corrupção e tantos mais. Há muitos anos que Portugal vive mal, e as reformas iniciadas pelo actual Governo, embora na sua maioria corajosas e eficazes, têm grande dificuldade em dar frutos.
Ao votar em Manuel Alegre, tenho consciência que, sendo ele eleito, não poderá apagar de repente todos os problemas que nos afligem. Mas também sei que o seu passado de lutador contra o fascismo, pela liberdade de todos os portugueses, pela instalação da democracia, de refugiado, de co-autor da nossa Constituição, de Deputado, e de Presidente da Assembleia da República, faz deste Homem de Abril, o único candidato credível.
Detentor de elevado nível cultural, reconhecido em todo o Mundo como Poeta e Homem de Estado, franco e frontal, Manuel Alegre será o Presidente da República que pode garantir a defesa dos nossos valores tanto em Portugal como em qualquer país.
In Lusojornal, por Aurélio Pinto (coordenador da Secção de Paris do PS português, Mandatário de Manuel Alegre em França), 19/01/2011
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