Em Portalegre, o candidato Manuel Alegre voltou a apontar um cenário catastrofista:
a direita quer a Presidência, um Governo, uma maioria.
“A democracia será mutilada”, garante.
Alegre salientou ser um "homem livre" e não ser "refém de ninguém" (Foto: Adriano Miranda)
Diante de 90 apoiantes reunidos num almoço-comício em Portalegre, Manuel Alegre, que salientou ser um “homem livre” e não ser “refém de ninguém”, apesar do apoio do PS e do Bloco de Esquerda, decidiu dramatizar, uma vez mais, as consequências de uma eventual vitória de Cavaco Silva. “Pela primeira vez desde o 25 de Abril as forças conservadoras querem o poder todo”, começou por dizer, reincidindo na “agenda política” da direita: “não se trata daquele projecto de revisão constitucional, mas de um projecto de Governo, que quer destruir o Estado Social”. E enfatizou, numa outra versão da já repetida acusação de que Cavaco pretende fazer “uma mudança de regime”: “A democracia será mutilada e os direitos políticos ficarão enfraquecidos.” E Cavaco, caso ganha um segundo mandato em Belém, “será complacente” com o projecto do PSD e do CDS-PP, que “querem destruir a escola pública, o Serviço Nacional de Saúde e a segurança social pública”. Mas Alegre sossegou os seus apoiantes: “Comigo eles não irão por aí”, disse, numa alusão poética à “Toada de Portalegre”, de José Régio.Depois de uma manhã passada em Campo Maior, onde visitou a fábrica da Delta (Rui Nabeiro é seu apoiante), Manuel Alegre tem ainda hoje na sua agenda de campanha paragens em Gavião e, ao princípio da noite, em Castelo Branco, terá à sua espera, garantidamente, o seu primeiro banho de multidão: José Sócrates estará lá.
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