Duas maiores candidaturas terão quase quatro milhões de euros de despesas
A candidatura de Manuel Alegre garante que vai gastar apenas um milhão e 600 mil euros na campanha para as eleições presidenciais, um valor que é inferior em cerca de 500 mil euros ao limite imposto por Cavaco Silva (2 130 000 euros). Ainda assim, apesar dos esforços em cortar na despesa, as duas candidaturas vão gastar quase quatro milhões de euros.
Em tempo de crise, as candidaturas às presidenciais seguem um modelo low cost. Evitam dormidas, abdicam de telemóveis e apostam num meio "barato" como a Internet.
Cavaco Silva vai gastar menos um milhão do que em 2006 (na altura a despesa rondou os três milhões e 200 mil euros), e, para isso, já anunciou que não colocará "um único outdoor nas ruas". Além disso, ao contrário do que aconteceu há cinco anos, Luís Paixão Martins e a sua equipa ficarão em casa, pois Cavaco Silva não contratará qualquer agência de comunicação para a sua candidatura.
Na campanha de Alegre, o lema também é "poupar, poupar, poupar". Até agora, segundo explica ao DN o director da candidatura, Duarte Cordeiro, "apenas foi contratado um designer profissional para tratar do logótipo. O resto é feito por voluntários da candidatura". Também haverá cuidados no merchandising: "Só vai haver canetas e bandeiras."
Além disso, nesta fase de pré-campanha, "restringimos ao mínimo as dormidas nas deslocações pelo País fora". Quando a campanha avançar, é óbvio que se vão intensificar as pernoitas, mas Duarte Cordeiro garante que ninguém da comitiva "ficará em hotéis de mais de três estrelas".Quanto a agências de comunicação, nem pensar.
Duarte Cordeiro garante que a candidatura não ultrapassará gastos no valor de 1 600 000 euros, um valor inferior ao de Cavaco Silva. "Nós não temos os donativos milionários do professor Cavaco Silva, que na última campanha conseguiu dois milhões de euros em contribuições de banqueiros e empresários", dispara.
No entanto, o candidato-poeta quase que duplica o valor que gastou há cinco anos (850 mil euros). A candidatura apoiada por PS e Bloco de Esquerda defende-se, porém, dizendo que o orçamento desta campanha é muito inferior à soma das candidaturas deste espectro político em 2006. Na altura, Mário Soares (3 478 434 euros), Francisco Louçã (451 756 euros) e o próprio Alegre gastaram juntos quase cinco milhões de euros.
Na candidatura do independente Fernando Nobre, a margem de despesismo ainda é mais apertada. As dificuldades financeiras até deram problemas neste fim-de-semana, com o senhorio da sede.
In DN, por RUI PEDRO ANTUNES,1/11/2010
A candidatura de Manuel Alegre garante que vai gastar apenas um milhão e 600 mil euros na campanha para as eleições presidenciais, um valor que é inferior em cerca de 500 mil euros ao limite imposto por Cavaco Silva (2 130 000 euros). Ainda assim, apesar dos esforços em cortar na despesa, as duas candidaturas vão gastar quase quatro milhões de euros.
Em tempo de crise, as candidaturas às presidenciais seguem um modelo low cost. Evitam dormidas, abdicam de telemóveis e apostam num meio "barato" como a Internet.
Cavaco Silva vai gastar menos um milhão do que em 2006 (na altura a despesa rondou os três milhões e 200 mil euros), e, para isso, já anunciou que não colocará "um único outdoor nas ruas". Além disso, ao contrário do que aconteceu há cinco anos, Luís Paixão Martins e a sua equipa ficarão em casa, pois Cavaco Silva não contratará qualquer agência de comunicação para a sua candidatura.
Na campanha de Alegre, o lema também é "poupar, poupar, poupar". Até agora, segundo explica ao DN o director da candidatura, Duarte Cordeiro, "apenas foi contratado um designer profissional para tratar do logótipo. O resto é feito por voluntários da candidatura". Também haverá cuidados no merchandising: "Só vai haver canetas e bandeiras."
Além disso, nesta fase de pré-campanha, "restringimos ao mínimo as dormidas nas deslocações pelo País fora". Quando a campanha avançar, é óbvio que se vão intensificar as pernoitas, mas Duarte Cordeiro garante que ninguém da comitiva "ficará em hotéis de mais de três estrelas".Quanto a agências de comunicação, nem pensar.
Duarte Cordeiro garante que a candidatura não ultrapassará gastos no valor de 1 600 000 euros, um valor inferior ao de Cavaco Silva. "Nós não temos os donativos milionários do professor Cavaco Silva, que na última campanha conseguiu dois milhões de euros em contribuições de banqueiros e empresários", dispara.
No entanto, o candidato-poeta quase que duplica o valor que gastou há cinco anos (850 mil euros). A candidatura apoiada por PS e Bloco de Esquerda defende-se, porém, dizendo que o orçamento desta campanha é muito inferior à soma das candidaturas deste espectro político em 2006. Na altura, Mário Soares (3 478 434 euros), Francisco Louçã (451 756 euros) e o próprio Alegre gastaram juntos quase cinco milhões de euros.
Na candidatura do independente Fernando Nobre, a margem de despesismo ainda é mais apertada. As dificuldades financeiras até deram problemas neste fim-de-semana, com o senhorio da sede.
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