mercredi 27 octobre 2010

O país está pior e a intervenção de Cavaco Silva não serviu para nada

O candidato presidencial Manuel Alegre considerou hoje que o discurso do anúncio da recandidatura de Cavaco Silva a Belém foi muito “autocentrado, um pouco egocêntrico e aborrecido”. Manuel Alegre falava no Funchal num encontro com jornalistas no segundo dia da visita que efectua à Madeira. “Foi um discurso muito parecido com o que fez há cinco anos”, disse Manuel Alegre, acrescentando que “não são visíveis os contributos que Cavaco Silva acha que deu para resolução do país, que está muito pior”.

Para o candidato, no discurso “não há nada de verdadeiramente novo e põe acento tónico no seu conhecimento dos dossiers e experiência" "Mas isso não se traduziu em nada porque vivemos a prior crise desde o 25 de Abril”, acrescentou.Respondendo à interrogação do Presidente da República sobre a situação do país na ausência da sua acção "intensa e ponderada", Alegre afirmou: “o país está pior, pior que isto é difícil e a sua intervenção não serviu para nada”.Sublinhou que Cavaco Silva “falou sobretudo dele próprio" e "tem omissões de carácter político", não tendo dito "o que fará em caso de ser eleito”.
Sobre as afirmações do novo candidato, acerca da intenção de fazer uma campanha sem outdoors e poucos gastos, Manuel Alegre afirmou que não vai “colaborar com o professor Cavaco Silva para não haver campanha”. “Tem que haver campanha mesmo, debates, com tudo o que isso implica, porque a democracia tem os seus custos”, afirmou o candidato.
Alegre recordou que nas últimas eleições gastou 849 mil euros, enquanto que Cavaco Silva despendeu 3,194 milhões. “O outdoor (de Cavaco Silva) é a permanência no cargo de Presidente”, concluiu.
“Eu não colaboro em atitudes populistas com carácter demagógico”, declarou, Manuel Alegre, realçando a importância das eleições Presidenciais que “têm custos” mesmo num contexto de contenção.
Instado a comentar a tradição do povo português da escolha do Presidente da República ficar definida apenas numa segunda volta e “dar o benefício da dúvida” viabilizando segundos mandatos, referiu que as últimas sondagens mostram que “nunca que nenhum Presidente da Republica partiu tão baixo, está entre 53 e 55%”.
Manuel Alegre seguiu depois para a Ribeira Brava, para visitar zonas atingidas pelo aluvião de 20 de Fevereiro e se inteirar do que foi feito e do que falta fazer.
27 de Outubro de 2010


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