Cavaco Silva vai gastar mais 590 mil euros (mais 37%) com a campanha eleitoral para as presidenciais de 2011 do que o seu principal adversário, Manuel Alegre, apesar de ter prometido fazer uma "campanha sóbria e contida" nas despesas.
Na noite em que anunciou a recandidatura a Belém, Cavaco Silva sublinhou que não vai recorrer a outdoors e que a despesa total da campanha não ultrapassará metade do valor permitido por lei (4 260 000 euros). "Quando tantos sacrifícios são exigidos aos portugueses, os agentes políticos devem dar o exemplo", sustentou o presidente recandidato no Centro Cultural de Belém, perante familiares e notáveis.
Enquanto Cavaco Silva prevê gastar cerca de 2,1 milhões de euros, o candidato apoiado pelo PS e BE, Manuel Alegre, estima despesas de perto de 1,6 milhões de euros. Nestas verbas, estão reflectidos, de facto, cortes na campanha de Cavaco Silva em relação a 2006, em que o actual Chefe de Estado gastou 3,2 milhões de euros, naquela que foi a segunda campanha eleitoral mais cara da história portuguesa – só Mário Soares superou este valor, com gastos de 3,5 milhões de euros também nas presidenciais de 2006. Nesse ano, Manuel Alegre despendeu cerca de 850 mil euros.
No que se refere às restantes candidaturas, Defensor Moura avançou ao CM que prevê gastos na ordem de 250 mil euros. Francisco Lopes, do PCP, e o independente Fernando Nobre garantiram desconhecer, por enquanto, os gastos totais da campanha eleitoral.
APOSTA NAS REDES SOCIAIS
Para compensar a ausência de cartazes de campanha na rua, a candidatura de Cavaco Silva às presidenciais de 2011 aposta na propaganda através do site oficial e das redes sociais, à semelhança do que fez Barack Obama nas últimas presidenciais norte-americanas.
Assim, poderemos encontrar o percurso de Cavaco Silva no site oficial, Facebook, Twitter, Sapo vídeos, Vimeo, YouTube, Flickr e Foursquare. Também será através do site oficial e das redes sociais que Manuel Alegre concentrará a comunicação política de campanha. No que se refere a outdoors, o director de campanha, Duarte Cordeiro, garantiu ao CM que serão colocados apenas 450. A candidatura de Fernando Nobre optou, tal como Cavaco Silva, por excluir os cartazes "porque a situação do País exige um exemplo de contenção".
In Correio da Manhã, por Janet Frazão
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire